Conseguir que uma comunidade de pessoas deficientes passassem a morar num prédio confiscado à temida máfia italiana, a Ndrangheta, foi uma prova de amor e coragem do Padre Giacomo Panizza.
Com o edifício localizado em uma estrada onde moram as principais famílias da máfia, foi motivo de muitas ameaças e dificuldades em conseguir mão-de-obra para reformas: “Ninguém queria fazê-las”, lembra o religioso, que foi ameaçado e sabotado durante estes anos. “Disseram que iam fazer explodir a casa com todos nós dentro”, relata Nunzia Coppedé, uma das moradoras da comunidade.
Neste local eram realizados tráfico de drogas e jogos milionários para lavagem de dinheiro. Após adotar uma política para uso de bens confiscados aos mafiosos, o Governo Italiano faz questão de que estes bens sejam utilizados para mostrar a população que o Estado é mais forte que a máfia.
Dom Panizza conta com o apoio da polícia, onde abriga seis paraplégicos que vivem como uma só família. O edifício também abriga outras organizações não governamentais, um banco ético e uma cooperativa agrícola.
“O mais belo de tudo é que o consegui ao lado de pessoas muito frágeis, em cadeiras de rodas, desarmadas, pequenas e sem títulos, que se revelaram mais fortes entre os fortes”, comenta o Padre.
Este é um dos exemplos da igreja viva de Nosso Senhor Jesus Cristo. Padres que não tem medo de se comprometer com o corpo de Cristo. Que sobem nos telhados para dizer a verdade; que colocam a sua luz em cima da mesa e não em baixo dela, para não chamar atenção. A igreja verdadeira combate o mal na simplicidade, e o denuncia, mesmo que os assuntos sejam polêmicos. Isto é não fugir quando o lobo aparece para atacar as ovelhas!
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