21/12/2011

O ano da fé em 2012-2013


fotografia: blog Cantinho da Nina

Precisamos urgentemente retornar à religião, já que a ciência, a tecnologia, longos anos de estudo na faculdade, não tem feito com que as pessoas sejam mais humana. Penso que evolução para o ser humano seja a capacidade de um respeitar o outro e viver em sadia convivência.
São atrozes a violência, a corrupção, o desperdício, a falta de educação para com o meio ambiente, os relacionamentos em 'decomposição', cada vez mais ninguém suporta ninguém, e a deslealdade se tornou forma de crescimento pessoal...
A religião que tantos ignoram foi a única até agora que foi capaz de levar o homem a pensar no próximo, a refletir sobre a existência de Deus, a dar um rumo à própria vida.
A religião não escraviza, pelo contrário ela nos liberta do nosso eu, do nosso egoísmo, nos lapida. 
No segundo semestre de 2012 será declarado pela igreja o 'Ano da Fé', principalmente para se retornar ao conhecimento das doutrinas da igreja, para existir uma busca sobre a verdadeira fé, o que a igreja espera de nós e o que ela tem a nos oferecer. Corrigir o que precisa ser corrigido, melhorar o que precisa ser fortalecido e confirmar o que já está certo.
Irmãos retornemos o quanto antes para o seio da igreja, que é nossa mãe e que nos ensina a sermos homens novos para um mundo novo.

Graça Dantas 

19/12/2011

Papa Bento XVI encoraja aos jovens


Em sua mensagem pela 45ª Jornada Mundial da Paz que será celebrada neste 1 de janeiro de 2012 e que foi divulgada, o Papa Bento XVI  fez um especial chamado aos jovens a não desanimar diante das dificuldades, a não ter medo ao sacrifício e a procurar sempre a Deus para viver os ideais do bem e da beleza.

Na mensagem titulada “Educar os jovens para a justiça e a paz” e dirigindo-se aos jovens, o Papa recordou que “não são as ideologias que salvam o mundo, mas unicamente o voltar-se para o Deus vivo, que é o nosso criador, o garante da nossa liberdade, o garante do que é deveras bom e verdadeiro (…), o voltar-se sem reservas para Deus, que é a medida do que é justo e, ao mesmo tempo, é o amor eterno”.

“Queridos jovens, vós são um dom precioso para a sociedade. Não lhes deixem vencer pelo desânimo ante às dificuldades e não lhes entreguem às falsas soluções, que com freqüência se apresentam como o caminho mais fácil para superar os problemas”.

Seguidamente o Santo Padre exortou a não temer: "vós sois um dom precioso para a sociedade. Diante das dificuldades, não vos deixeis invadir pelo desânimo nem vos abandoneis a falsas soluções, que frequentemente se apresentam como o caminho mais fácil para superar os problemas. Não tenhais medo de vos empenhar, de enfrentar a fadiga e o sacrifício, de optar por caminhos que requerem fidelidade e constância, humildade e dedicação. Vivei com confiança a vossa juventude e os anseios profundos que sentis de felicidade, verdade, beleza e amor verdadeiro. Vivei intensamente esta fase da vida, tão rica e cheia de entusiasmo”.

“Sabei que vós mesmos servis de exemplo e estímulo para os adultos, e tanto mais o sereis quanto mais vos esforçardes por superar as injustiças e a corrupção, quanto mais desejardes um futuro melhor e vos comprometerdes a construí-lo. Cientes das vossas potencialidades, nunca vos fecheis em vós próprios, mas trabalhai por um futuro mais luminoso para todos”.

O Papa Bento XVI animou os jovens dizendo: “Nunca vos sintais sozinhos! A Igreja confia em vós, acompanha-vos, encoraja-vos e deseja oferecer-vos o que tem de mais precioso: a possibilidade de levantar os olhos para Deus, de encontrar Jesus Cristo – Ele que é a justiça e a paz”.

A “vós todos, homens e mulheres, que tendes a peito a causa da paz! Esta não é um bem já alcançado mas uma meta, à qual todos e cada um deve aspirar”, alentou o Santo Padre. 

No texto o Pontífice descreveu algumas das características do mundo atual em meio da crise econômica cujas raízes são culturas e antropológicas. “Quase parece que um manto de escuridão teria descido sobre o nosso tempo, impedindo de ver com clareza a luz do dia”, assinala.

“Esta expectativa mostra-se particularmente viva e visível nos jovens; e é por isso que o meu pensamento se volta para eles, considerando o contributo que podem e devem oferecer à sociedade. Queria, pois, revestir a Mensagem para o XLV Dia Mundial da Paz duma perspectiva educativa: “Educar os jovens para a justiça e a paz”, convencido de que eles podem, com o seu entusiasmo e idealismo, oferecer uma nova esperança ao mundo”, afirmou Bento XVI.

O Papa disse logo que “A Igreja olha para os jovens com esperança, tem confiança neles e encoraja-os a procurarem a verdade, a defenderem o bem comum, a possuírem perspectivas abertas sobre o mundo e olhos capazes de ver “coisas novas”".

Bento XVI se referiu logo à educação das novas gerações como a “a aventura mais fascinante e difícil da vida”.  “Educar – na sua etimologia latina educere– significa conduzir para fora de si mesmo ao encontro da realidade, rumo a uma plenitude que faz crescer a pessoa. Este processo alimenta-se do encontro de duas liberdades: a do adulto e a do jovem. Isto exige a responsabilidade do discípulo, que deve estar disponível para se deixar guiar no conhecimento da realidade, e a do educador, que deve estar disposto a dar-se a si mesmo”, explicou.

“Mas, para isso, não bastam meros dispensadores de regras e informações; são necessárias testemunhas autênticas, ou seja, testemunhas que saibam ver mais longe do que os outros, porque a sua vida abraça espaços mais amplos. A testemunha é alguém que vive, primeiro, o caminho que propõe”.

O primeiro lugar da educação, recordou, é a família: “Antes de mais nada, a família, já que os pais são os primeiros educadores. A família é célula originária da sociedade. « É na família que os filhos aprendem os valores humanos e cristãos que permitem uma convivência construtiva e pacífica. É na família que aprendem a solidariedade entre as gerações, o respeito pelas regras, o perdão e o acolhimento do outro ». Esta é a primeira escola, onde se educa para a justiça e a paz”.

Ante as ameaças e os desafios atuais que vivem a família, o Papa exorta aos pais a não desanimar-se: “induzam os filhos a colocar a esperança antes de tudo em Deus, o único de quem surgem justiça e paz autênticas”.

O Santo Padre também pediu aos educadores embarcar em sua missão respeitando e valorizando “em toda circunstância a dignidade de cada pessoa” e solicitou aos responsáveis políticos a ajudar “concretamente as famílias e instituições educativas a exercer seu direito-dever educar. Nunca deve faltar uma ajuda adequada à maternidade e à paternidade”. 

O Papa recordou também que “os meios de comunicação de massa têm uma função particular: não só informam, mas também formam o espírito dos seus destinatários e, consequentemente, podem concorrer notavelmente para a educação dos jovens”. “É importante ter presente a ligação estreitíssima que existe entre educação e comunicação: de fato, a educação realiza-se por meio da comunicação, que influi positiva ou negativamente na formação da pessoa”, afirmou.

O Papa se referiu logo ao fato de que só na relação com Deus o homem é capaz de entender e viver sua liberdade. “Quando o homem se crê um ser absoluto, que não depende de nada nem de ninguém e pode fazer tudo o que lhe apetece, acaba por contradizer a verdade do seu ser e perder a sua liberdade. De fato, o homem é precisamente o contrário: um ser relacional, que vive em relação com os outros e sobretudo com Deus. A liberdade autêntica não pode jamais ser alcançada, afastando-se d’Ele”.

O Pontífice afirmou que “para exercer a sua liberdade, deve superar o horizonte relativista e conhecer a verdade sobre si próprio e a verdade acerca do que é bem e do que é mal. No íntimo da consciência, o homem descobre uma lei que não se impôs a si mesmo, mas à qual deve obedecer e cuja voz o chama a amar e fazer o bem e a fugir do mal, a assumir a responsabilidade do bem cumprido e do mal praticado”.

“Por isso o exercício da liberdade está intimamente ligado com a lei moral natural, que tem caráter universal, exprime a dignidade de cada pessoa, coloca a base dos seus direitos e deveres fundamentais e, consequentemente, da convivência justa e pacífica entre as pessoas”.

O Papa explicou logo a importância de educar para a justiça e a paz, dois valores fundamentais para o desenvolvimento humano integral que surgem do amor de Deus e que devem estar sempre presentes na sociedade e nas relações entre as pessoas.

“Olhemos, pois, o futuro com maior esperança, encorajemo-nos mutuamente ao longo do nosso caminho, trabalhemos para dar ao nosso mundo um rosto mais humano e fraterno e sintamo-nos unidos na responsabilidade que temos para com as jovens gerações, presentes e futuras, nomeadamente quanto à sua educação para se tornarem pacíficas e pacificadoras! Apoiado em tal certeza, envio-vos estas reflexões que se fazem apelo: Unamos as nossas forças espirituais, morais e materiais, a fim de « educar os jovens para a justiça e a paz »”, concluiu.

Fonte: Vaticano, 16 Dez. 11 / 03:29 pm (ACI/EWTN Noticias)

03/12/2011

O bem maior


                              Imagem: Blog Pindorama

Havia um homem muito rico, milionário que não tinha com quem repartir sua riqueza. Queria encontrar pessoas dignas que pudesse repassar tudo o que ele tinha para que não se perdesse todo seu esforço, tudo o que tinha construído.

E para encontrar tais pessoas começou a viajar e a caminhar no meio do povo. Resolveu passar um ano fazendo pesquisa, observando, testando, avaliando quem estava ao seu redor.

Nesse meio tempo encontrou pessoas boas, que gostavam de trabalhar e que eram honestas, mas nestas pessoas percebeu que o que fazia a alegria delas era terem dinheiro, que as coisas estavam bem se estivessem com dinheiro, para elas pessoas bem sucedidas, bem de vida eram as que tinham uma melhor condição econômica.

Encontrou ainda outro tipo de pessoas, que apesar de ter uma boa quantia de dinheiro não viviam como se fossem melhores que as outras, mas viviam como se nunca fossem morrer, estragavam suas riquezas com bebidas, alguns com drogas, outros com noitadas esbanjadoras, outros com mania de compras fúteis para poder se alegrarem.

Um outro grupo pobre lhe chamou atenção. Apesar de não terem luxo, e lhe faltarem algumas coisas, não se preocupavam em ter mais do que tinham, mas também pouco se importavam com as pessoas próximas, eram orgulhosos e impiedosos uns com os outros, não perdoavam a mínima atitude errada do próximo. Viviam em algazarras e seu cotidiano era repleto de uma cultura que a maioria da sociedade repudia como vulgar.

E depois disso conseguiu encontrar um outro grupo de pessoas pobres também. Mas que apesar de terem pouca coisa, se apressavam em ajudar uns aos outros. Eram humildes e felizes por tudo o que tinham e viviam. Suas alegrias estavam em pequenas coisas como simplesmente poder estar com seus familiares, por ter saúde, ou por ter fé em Deus. Viviam bem.
E por último encontrou pessoas ricas, outros menos ricos mas que não tinham apego as suas riquezas, viviam bem, mas colocavam a caridade ao próximo em primeiro lugar. Acreditavam que a dignidade humana está acima de qualquer valor ou riqueza que há no mundo.

Então decidiu fazer uma última avaliação para não ser injusto e dar oportunidade a todos, mas para peneirar aos que queria encontrar, pessoas de boa vontade que fariam um bom proveito de sua herança, decidiu abrir uma convocação onde colocava à disposição trabalho para quem quisesse lhe ajudar a construir uma casa para ajudar pessoas.

O anúncio foi posto desta forma:

PRECISO DE PESSOAS QUE POSSAM ME AJUDAR A CONSTRUIR UMA CASA PARA MIM E PARA ABRIGAR PESSOAS QUE QUERO AJUDAR. AQUELES QUE TIVEREM INTERESSE INDEPENDENTE DA PROFISSÃO PODEM VIR, BASTA APENAS TER BOA VONTADE DE FAZER ALGO. A PRINCÍPIO NÃO PAGAREI SALÁRIO, PEÇO AJUDA VOLUNTÁRIA, MAS PROMETO UMA BOA RECOMPENSA A TODOS, NO QUAL PAGAREI O MAIS BREVE POSSÍVEL.

Realmente apareceram pessoas, poucas, mas vieram. Uns apenas por curiosidade, outros realmente ficaram. Todos os tipos de profissão foram surgindo. A casa realmente foi construída, e muitos sem saber com clareza do que se tratava ou quanto e quando receberiam , vinham para fazer alguma coisa, faxineiras, engenheiro, professor, marceneiro, outros sem nenhuma profissão.

Então, o homem fez seu testamento com o nome de todos aqueles que o ajudaram em seu sonho, que colocaram nem que fosse um tijolo, uma idéia. A sua herança foi empregada no investimento mais seguros de todos, a CARIDADE.

Graça Dantas

26/11/2011

Lutar na adversidade

Fotografia blog katiarochags

As dificuldades não são para nosso desânimo, mas para nos impulsionar para algo maior e melhor. Para fortalecer o que está fraco, para despertar o que está adormecido.
Mas como a tendência é sempre só olhar o problema, logo bate a fraqueza, o desânimo, a inconstância. 
Porém é exatamente nestes momentos que devemos viver nossa fé, acreditar sem ver, lutar e lutar, seguir em frente, não deixar de caminhar.
Que adianta ficar reclamando de um poça de água no meio do caminho, se não se sai de perto dela sempre vai chegar um carro e vai dar um banho! Tem que sair do lugar e ir para frente, se mexer.
Não importa o que os outros vão achar, deixe cair por terra os falsos julgamentos. Tudo passa. Levanta a cabeça e sorria caridosamente. 
Não existe cara feia que um sorriso de uma criança não quebre, pois então sejamos como crianças, sorrindo em meio às adversidades e até mesmo para nossos inimigos, tenho certeza que todo mal será quebrado!
Não um sorriso de deboche, mas um sorriso de esperança de que dias melhores virão, com Deus!

Salve Maria,
Graça Dantas

12/11/2011

O reino dos papa-bostas

Email enviado por um leitor, texto escrito por Jorge Ferraz

Durante muito tempo as pessoas souberam a diferença entre o início e o fim do sistema digestório humano. Desde tempos imemoriais as crianças aprendiam – na escola e no dia-a-dia – que uma coisa era a comida que elas botavam para dentro e, outra coisa, os dejetos que elas botavam para fora. Em hipótese alguma era permitido confundir essas duas coisas.
Também desdes tempos imemoriais, contudo, alguns indivíduos pareciam não se adaptar àquele exigente estilo de vida. Sempre houve aquelas pessoas que, por razões quaisquer, desenvolviam uma compulsão por ingerir os próprios dejetos ou os de outras pessoas. O hábito, nojento e repugnante, sempre foi repudiado com veemência pela sociedade. Ser papa-bosta era um sinal de infâmia e de vergonha, e os que padeciam de tão estranho prazer queriam se libertar dele mais do que qualquer outra coisa no mundo. Havia também, contudo, aqueles que não conseguiam se libertar de seus hábitos alimentares; estes, comiam fezes somente às escondidas, às escuras, sozinhos, como quem comete uma espécie de crime do qual as demais pessoas não podem tomar ciência.
Um dia isso mudou. Não se sabe bem por qual motivo, um dia os papa-bostas cismaram que tinham o direito de comer bosta mesmo e ai de quem não gostasse. Pior: todos tinham que gostar. Disseram que tinham direito de escolher o que comiam, que a boca era deles mesmo e, nela, eles colocavam o que melhor entendessem. Disseram que com isso não estavam fazendo mal a ninguém, e era um absurdo injustificável que, em pleno século XXI, os degustadores de detritos (o primeiro dos nomes pomposos que se auto-atribuíram) fossem discriminados.
As pessoas normais reagiram com estranheza. Como alguém poderia se orgulhar de ser um papa-bosta?! No entanto, toleraram. Pensavam: “eles que comam a bosta deles para lá!”. Não sabiam, no entanto, que eles queriam muito mais do que isso.
Por serem olhados com estranheza, passaram a dizer que eram vítimas de preconceito e de tratamento desumano pelo simples fato de terem gostos alimentícios diferenciados. Passaram a combater com virulência a comidanormatividade alimentícia! E mais: a injustiça era ainda mais gritante porque o gosto por fezes, como é óbvio, não era uma escolha e sim uma condição. A pessoa nascia gostando (ou não) de comer detritos! Não era justo discriminar uma pessoa por aquilo que ela é: mulher, negro ou papa-bosta… Aliás, este termo passou a ser rapidamente considerado ofensivo e indigno de uma sociedade civilizada. Os degustadores de detritos, agora, queriam ser chamados escatófagos.
Muitos reagiram: “Sim, é verdade que cada um come o que quiser, mas eu não quero passar pela experiência desagradável de estar num restaurante e ver alguém comendo bosta na mesa ao lado, nem quero que meu filho adquira estes hábitos por conviver com gente assim”. Os papa-bostas urraram: escatofagofobia! Escatofagofobia! O termo (recém-cunhado) designava, segundo os seus inventores, o ódio irracional pelas pessoas que, ao fim e a cabo, gostavam de comer bosta. Era inadmissível que os seus gostos alimentares fossem considerados inferiores aos dos demais. Era intolerável existir alguém que não tolerasse um escatófago.
Rapidamente, jurisprudências em favor dos papa-bostas foram estabelecidas. Se alguém entrasse em um estabelecimento qualquer comendo bosta e fosse maltratado, o dono do estabelecimento era punido. A escatofagofobia, argumentavam os papa-bostas, matava centenas de milhares de escatófagos por ano. Se um pai descobria que a babá contratada por ele para tomar conta do seu filho era papa-bosta, e a demitia, os tribunais o condenavam a pagar pesadas indenizações. Ninguém podia nem mesmo recusar-se a contratar um candidato para um emprego pelo fato dele ser um papa-bosta. Os hábitos alimentares, diziam, não influenciavam nada na capacidade de exercer a sua função. O resto era puro preconceito.
As pessoas ficaram perplexas, mas pouco fizeram. Os papa-bostas passaram a se organizar em grandes manifestações de ruas, chamadas paradas, onde as pessoas lambuzavam-se publicamente com as fezes umas das outras. Faziam uma grande festa, atraíam muitas pessoas, dançavam e bebiam e papavam bosta e diziam que isso era tudo muito natural. Reivindicavam a criminalização da escatofagofobia, i.e., que nenhum papa-bosta fosse tratado como um ser humano inferior. Que fossem presos os que pensassem diferente.
Grupos mais conservadores rapidamente começaram a dizer que isto era errado. Os papa-bostas reagiram chamando-os de escroques fundamentalistas e retrógrados, escatofagofóbicos calhordas, dizendo que a única base que eles possuíam para dizer que era errado degustar detritos era um livro velho escrito há milhares de anos que continha um monte de proibições absurdas que, hoje, não eram levadas a sério por ninguém. A violência da reação foi tão grande que os conservadores, no primeiro momento, se retraíram. Os papa-bostas comemoram publicamente.
Foi iniciada uma campanha de inclusão cidadã da escatofagia. Nas escolas, as crianças eram apresentadas a materiais educativos que diziam ser normal comer fezes. A experiência escatofágica era estimulada. Os papa-bostas eram apresentados como pessoas de bem, modelos famosas, executivos de sucesso, bons pais de família, excelentes cidadãos. A figura da mãe obrigando o filho a comer verduras era pintada como se fosse o supra-sumo da opressão alimentar, uma violência sem precedentes e que não podia ser tolerada. Psicólogos renomados subscreviam esta tese. Um escatófago – diziam – não ia deixar de sentir vontade de comer fezes porque sua mãe lhe forçara a comer verduras. Ao contrário, o que ele devia fazer era se assumir, sair do banheiro e ser feliz.
Os conservadores, percebendo as dimensões que a loucura estava tomando, resolveram se manifestar. Mas a tropa dos papa-bostas já tinha tomado grande parte das estruturas de poder social, da imprensa aos órgãos de governo. Quando um conservador dizia que comer bosta fazia mal, rapidamente diziam que isto era puro preconceito dele. Quando ele mostrava a maior incidência de infecções intestinais em pessoas que tinham o hábito de comer bosta, os escatófagos rapidamente diziam que isto era justamente devido ao preconceito social que os papa-bostas sofriam – que os forçava a praticarem a escatofagia em ambientes e condições pouco adequados. Quando um conservador dizia que a boca foi feita para alimentar o corpo, os papa-bostas o ridicularizavam dizendo que as pessoas já há muito comiam para ter prazer, e não somente para se nutrir. Ousaram dizer que era anti-natural comer bosta, só para ouvirem os escatófagos listarem as inúmeras ocorrências de animais que comiam as próprias fezes, provando assim que a escatofagia era, na verdade, uma exigência da natureza.
No fim, foram vencidos. Humilhados impiedosamente, foram se tornando cada vez mais odiados pelas novas gerações. Muitos se renderam aos “novos tempos” e passaram até mesmo a gostar dos papa-bostas. De vez em quando, para não serem olhados com muita estranheza, aceitavam participar de uma degustação fecal. Outros tantos foram presos por escatofagofobia, e não se sabe ao certo o que aconteceu com eles. Alguns outros simplesmente foram embora, buscando algum rincão do mundo onde pudessem simplesmente se estabelecer e viver em paz; onde pudessem educar os seus filhos ensinando-lhes que é errado comer bosta, da forma como eles próprios foram ensinados. A verdade é que, no fim, quase nenhuma voz dissidente restou. E eles deixaram para trás um mundo sem preconceitos: onde ninguém era tratado como um inferior por gostar de comer detritos. Deixaram para trás um mundo moderno e civilizado, de ruas fétidas, pessoas de mau hálito e doentes. E todos se julgavam felizes por terem conseguido dar mais este importante passo na erradicação do preconceito da humanidade.

11/11/2011

Morte de cinegrafista gera divisor de águas na imprensa

A morte do cinegrafista Gelson Domingos no dia 06 deste mês, durante uma cobertura de uma operação do BOPE em uma favela do Rio de Janeiro, além de uma grande perda, trouxe uma reflexão sobre o limite da imprensa na busca de informações e imagens.

O Observatório da Imprensa, programa da TV Brasil, exibiu no dia 08 de Novembro um debate muito interessante, acompanhe.

O tiro na Imprensa:




02/11/2011

Dia de Finados


A nossa Madre Igreja sempre reza pelos fiéis defuntos e por todas as almas. E hoje no dia de finados concede indulgência plenária para quem visitar cemitérios ou igrejas que possuem sepulcros, para que sejam oferecidas pelas almas.


“Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as coisas velhas já passaram.” Apocalipse 21:4



Acreditemos pois na ressurreição, crede em Deus e vivei uma digna dele. Tudo aqui é apenas uma passagem: a dor, a alegria, as dificuldades, as doenças, os bens, mas Deus não passará.
Buscai enquanto se pode encontrar, o Senhor se deixa encontrar. Basta querer!


Hoje é dia de saudade, tristeza não. 


Que a graça da santa esperança do nosso reencontro com Deus e com nossos irmão falecidos seja fortalecido neste dia.

01/11/2011

Palestras: o povo se perde pela falta do conhecimento de Deus

Com Pe. José Augusto, Canção Nova

O povo se perde pela falta de conhecimento


Jesus liberta verdadeiramente

O inimigo se transveste de luz

As trevas não suportam a luz

Festa do halloween - a noite das trevas

Momento do arrependimento

31/10/2011

Quero dizer meu sim, como tu, Maria.


A caridade tem se esfriado cada dia mais, os homens estão sempre mais cruéis e impiedosos, aumenta-se a cultura do mau-caratismo, onde as pessoas querem tirar vantagem em tudo e de todos. Como não se influenciar com o maldade do que está ao nosso redor?

Através da oração. Não ficaremos totalmente imunes, mas seremos fortalecidos e  amorizados.

Sozinhos não poderemos nada, precisamos recorrer a intercessão da Virgem Maria, na qual a devoção a ela se torna urgente para quem quer ser um cristão autêntico e obediente à vontade de Deus. E quem melhor conhece a vontade de Jesus?

Quando o anjo anunciou a Maria que seria a mãe do salvador, ela simplesmente perguntou como iria se daria isto, e confiantemente disse “sim” sem questionar as coisas que deixaria de viver em sua vida, os riscos na qual poderia passar e o que receberia em troca. Se fez escrava do Senhor, e por isso Deus se tornou rainha dos céus (Apocalipse 12,1). E só quem foi escrava totalmente sabe como nos ensinar a nos dar gratuitamente a Deus.

Quando soube que sua prima Isabel estava gestante não hesitou e prontamente foi cuidar de sua parenta que já na velhice iria conceber um filho. Com muita pressa, segundo as escrituras (Lucas 1,39), sem pensar que precisaria de repouso por causa de sua gestação, ou por ser a mãe do Senhor não poderia se rebaixar a prestar serviços de casa a alguém, ela como uma boa serva cumpriu seu papel de cristã. Que melhor modelo de caridade para com o próximo?

Numa festa de casamento Maria com muito atenção e carinho percebeu que os noivos passariam um grande vexame diante dos convidados por causa do vinho que estava prestes a acabar (João 2,3), e confiantemente foi a Jesus pedir que lhe fizesse algo, ela que acreditava que para Deus nenhuma coisa seria impossível, fez com que Jesus realizasse seu primeiro milagre, mesmo não sendo sua hora à pedido sua mãe amada ele a atendeu. A quem melhor recorrer se não a mãe de Jesus, o qual foi confiado tão grande amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo?

Assim pois meus queridos irmãos, nossa madre igreja nos revela esse tesouro maravilhoso que é Nossa Senhora, tanto como modelo quanto medianeira de todas as graças. Quem teve maior fé, quem foi tão fiel como serva, e quem teve tão poderosa intercessão ao ponto de mudar os planos de Deus se não Maria.

Não tenha medo de se achegar a Maria pensando estar colocando-a no lugar de Jesus, pois tudo que ela recebe imediatamente remete ao seu filho. Não guarda nada para si, porque a alegria de seu coração é ver seu filho amado, glorificado e adorado. Aprendamos com ela como melhor agradar ao nosso Bom Deus.

Se você não sabe como começar esta amizade, esta adoção maternal tornando-se filho de Maria, procure rezar o rosário ou pelo menos o terço todos os dias, e deixe que ela mesma com a divina providência, mostre pouco a pouco tudo que lhe for necessário.

Reze nesse instante com fé e amor, esta pequena consagração:

Ó minha Senhora. Ó minha Mãe, eu me ofereço todo a vós, e em prova da minha devoção para convosco, vos consagro neste dia: meus olhos, meus ouvidos, minha boca, meu coração, inteiramente todo o meu ser, e porque assim sou vosso ó incomparável Mãe, guardai-me, defendei-me, como coisa e propriedade vossa. Amém.

E para pedir a benção a Maria, pode ser rezada várias vezes durante o dia:

Ó doce Senhora minha, dai-nos a Vossa benção para não cairmos em tentação, pois toda feliz sorte está Maria em Vossa Mãos. Fazei Senhora que consigamos vossos filhos uma boa morte, a benção do Pai, o amor do Filho e a graça do Espírito Santo, estejam conosco agora e para sempre. Amém

Louvado seja o Coração de Jesus
Para sempre no coração de Maria
Com Vosso Filho, ó Mãe pia
Abençoai-nos ó Virgem Maria.



Graça Dantas

Reze conosco o terço da Divina Misericórdia às 15 horas

Palestra: A obediência é o caminho da salvação

Monsenhor Jonas Abib


28/10/2011

Carta do Papa João Paulo II sobre a verdadeira devoção à Maria

4ª Parte



A santidade perfeição da caridade

6. A Constituição Lumen gentium recita ainda:  "Mas, ao passo que, na Santíssima Virgem, a Igreja alcançou já aquela perfeição sem mancha nem ruga que lhe é própria (cf. Ef 5, 27), os fiéis ainda têm de trabalhar por vencer o pecado e crescer na santidade; e por isso levantam os olhos para Maria, que brilha como modelo de virtudes sobre toda a família dos eleitos" (n. 65). A santidade é perfeição da caridade, daquele amor a Deus e ao próximo que é o objecto do maior mandamento de Jesus (cf. Mt 22, 38), e é também o maior dom do Espírito Santo (cf. 1 Cor 13, 13). Assim, nos seus Cânticos, São Luís Maria apresenta sucessivamente aos fiéis a excelência da caridade (Cântico 5), a luz da fé (Cântico 6) e a firmeza na esperança (Cântico 7).

Na espiritualidade monfortina, o dinamismo da caridade é expresso especialmente através do símbolo da escravidão do amor a Jesus a exemplo e com a ajuda materna de Maria. Trata-se da comunhão plena na kenosis de Cristo; comunhão vivida com Maria, intimamente presente nos mistérios da vida do Filho. "Não há nada entre os cristãos que faça pertencer de maneira mais absoluta a Jesus Cristo e à sua Santa Mãe como a escravidão da vontade, segundo o exemplo do próprio Jesus Cristo, que assumiu as condição de escravo por amor a nós formam servi accipiens e da Santa Virgem, que se considerou serva e escrava do Senhor. O apóstolo honra-se do título de servus Christi. Várias vezes, na Sagrada Escritura, os cristãos são chamados servi Christi" (Tratado sobre a verdadeira devoção, 72). De facto, o Filho de Deus, que veio ao mundo em obediência ao Pai na Encarnação (cf. Hb 10, 7), humilhou-se depois fazendo-se obediente até à morte, e morte de Cruz (cf. Fl 2, 7-8). Maria correspondeu à vontade de Deus com o dom total de si, corpo e alma, para sempre, desde a Anunciação até à Cruz, e da Cruz até à Assunção.

Certamente, entre a obediência de Cristo e a obediência de Maria existe uma assimetria determinada pela diferença ontológica entre a Pessoa divina do Filho e a pessoa humana de Maria, do que deriva também a exclusividade da eficiência salvífica fontal da obediência de Cristo, da qual a sua própria Mãe recebeu a graça para poder obedecer de modo total a Deus e assim colaborar com a missão do seu Filho.

Por conseguinte, a escravidão de amor deve ser interpretada à luz do admirável intercâmbio entre Deus e a humanidade no mistério do Verbo encarnado. É um verdadeiro intercâmbio de amor entre Deus e a sua criatura na reciprocidade da doação total de si. "O espírito desta devoção... é tornar a alma interiormente dependente e escrava da Santíssima Virgem e de Jesus por meio dela" (Segredo de Maria, 44). Paradoxalmente, este "vínculo de caridade", esta "escravidão de amor" torna o homem plenamente livre, com a verdadeira liberdade dos filhos de Deus (cf. Tratado sobre a verdadeira devoção, 169). Trata-se de se entregar totalmente a Jesus, respondendo ao Amor com que Ele nos amou primeiro. Qualquer pessoa que viver neste amor pode dizer como São Paulo:  "Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim" (Gl 2, 20).