03/12/2011

O bem maior


                              Imagem: Blog Pindorama

Havia um homem muito rico, milionário que não tinha com quem repartir sua riqueza. Queria encontrar pessoas dignas que pudesse repassar tudo o que ele tinha para que não se perdesse todo seu esforço, tudo o que tinha construído.

E para encontrar tais pessoas começou a viajar e a caminhar no meio do povo. Resolveu passar um ano fazendo pesquisa, observando, testando, avaliando quem estava ao seu redor.

Nesse meio tempo encontrou pessoas boas, que gostavam de trabalhar e que eram honestas, mas nestas pessoas percebeu que o que fazia a alegria delas era terem dinheiro, que as coisas estavam bem se estivessem com dinheiro, para elas pessoas bem sucedidas, bem de vida eram as que tinham uma melhor condição econômica.

Encontrou ainda outro tipo de pessoas, que apesar de ter uma boa quantia de dinheiro não viviam como se fossem melhores que as outras, mas viviam como se nunca fossem morrer, estragavam suas riquezas com bebidas, alguns com drogas, outros com noitadas esbanjadoras, outros com mania de compras fúteis para poder se alegrarem.

Um outro grupo pobre lhe chamou atenção. Apesar de não terem luxo, e lhe faltarem algumas coisas, não se preocupavam em ter mais do que tinham, mas também pouco se importavam com as pessoas próximas, eram orgulhosos e impiedosos uns com os outros, não perdoavam a mínima atitude errada do próximo. Viviam em algazarras e seu cotidiano era repleto de uma cultura que a maioria da sociedade repudia como vulgar.

E depois disso conseguiu encontrar um outro grupo de pessoas pobres também. Mas que apesar de terem pouca coisa, se apressavam em ajudar uns aos outros. Eram humildes e felizes por tudo o que tinham e viviam. Suas alegrias estavam em pequenas coisas como simplesmente poder estar com seus familiares, por ter saúde, ou por ter fé em Deus. Viviam bem.
E por último encontrou pessoas ricas, outros menos ricos mas que não tinham apego as suas riquezas, viviam bem, mas colocavam a caridade ao próximo em primeiro lugar. Acreditavam que a dignidade humana está acima de qualquer valor ou riqueza que há no mundo.

Então decidiu fazer uma última avaliação para não ser injusto e dar oportunidade a todos, mas para peneirar aos que queria encontrar, pessoas de boa vontade que fariam um bom proveito de sua herança, decidiu abrir uma convocação onde colocava à disposição trabalho para quem quisesse lhe ajudar a construir uma casa para ajudar pessoas.

O anúncio foi posto desta forma:

PRECISO DE PESSOAS QUE POSSAM ME AJUDAR A CONSTRUIR UMA CASA PARA MIM E PARA ABRIGAR PESSOAS QUE QUERO AJUDAR. AQUELES QUE TIVEREM INTERESSE INDEPENDENTE DA PROFISSÃO PODEM VIR, BASTA APENAS TER BOA VONTADE DE FAZER ALGO. A PRINCÍPIO NÃO PAGAREI SALÁRIO, PEÇO AJUDA VOLUNTÁRIA, MAS PROMETO UMA BOA RECOMPENSA A TODOS, NO QUAL PAGAREI O MAIS BREVE POSSÍVEL.

Realmente apareceram pessoas, poucas, mas vieram. Uns apenas por curiosidade, outros realmente ficaram. Todos os tipos de profissão foram surgindo. A casa realmente foi construída, e muitos sem saber com clareza do que se tratava ou quanto e quando receberiam , vinham para fazer alguma coisa, faxineiras, engenheiro, professor, marceneiro, outros sem nenhuma profissão.

Então, o homem fez seu testamento com o nome de todos aqueles que o ajudaram em seu sonho, que colocaram nem que fosse um tijolo, uma idéia. A sua herança foi empregada no investimento mais seguros de todos, a CARIDADE.

Graça Dantas

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